domingo, 23 de junho de 2013

O SOL DE OIRO – HORUS

O SOL DE OIRO – HORUS

         
O Valor de um Tesouro não reside obrigatoriamente no seu volume nem nas vantagens que pode providencialmente oferecer do ponto de vista Material e Social.
Há diversas espécies de Tesouros.

O Conhecimento é uma espécie, que não procura necessariamente a obtenção de lucros inesperados. 

O conhecimento permite a Acumulação dia após dia de qualquer coisa igualmente Preciosa.
Saberemos realmente em que consistiam alguns destes Tesouros fabulosos?

                                  
Os Templários seguem as mesmas directrizes que os Cistercienses, tornando mais uma vez secretos os Mistérios Egípcios.

              
Mas apesar de se esforçarem por pôr as riquezas obtidas ao serviço de todos, por saberem que não era permitido que cada um possuísse pessoalmente uma parte, não conseguiram, ao contrário dos Egípcios, ter pelo Ouro, o respeito que merece e sagrá-lo repondo ao Sol, como Quéope, que ornou de ouro o cimo da grande Pirâmide.
         
Depois de terem saído de França, os Templários ficaram ao serviço de Portugal, mas compreendemos agora bastante melhor, à luz destes comentários, qual foi a Natureza Fundamental dos erros que provocaram a extinção ulterior da Ordem e ao mesmo tempo o declínio do reino que lhes deu refúgio.
         
Depois do Reinado de D. Manuel I, o «Rei-Sol» dos Templários, construtor e arquitecto, Portugal deixou de ser capaz de consagrar ao Sol Nascente, as riquezas que as Caravelas traziam do poente.
A questão Mística Solar inverteu-se, provocando a Perda do Saber e da Tradição.
         
O Caminho simbólico do Reinado de Prestes João, passou a ser a rota materialista do comércio.
                  
Tanto o Templo como a Pirâmide são exemplos de uma arquitectura erigida em Honra do Homem, para a sua Evolução Mental e para o colocar na devida Correspondência Espiritual e por meio da sua própria Projecção sobre uma Abstracção.
                   
A Pedra é o médium que assegura a ligação entre o Solo e o Céu por intermédio do Sol, quando é dimensionalmente chamada à Sagração por meio do côvado, medida vertical e feiticeiresca.
Embora a Pedra – a Carne da Terra – seja dotada de uma Ressonância própria, adquire no Santo dos Santos uma Finalidade mais Perfeita quando se Reveste de Ouro.
        
Este Ouro que coroa a arquitectura como no cimo da Pirâmide de Quéope, ou que se adapta a uma Superfície Mural como no Templo de Jerusalém ou nos Santuários Maias, ganha com a luz uma eficiência ritmada e perfeitamente Harmónica desde que se baseie no valor secreto do côvado.
Isto para o Templo exterior, a fim de constituir o Templo Interior.
           
É nesta altura que intervém a Alquimia, cujas diversas correntes de Inspiração e de Iniciação se limitaram a seguir coordenadas permanentes, Terrestres e Solares, e as diversas correntes de Influência Mística.
    
Com a única diferença de se tratar de Recriar um ouro palpável ou abstracto, não a partir das duas facetas do côvado – a medida concreta e a sombra visível -, mas a partir da Vibração destas duas facetas, a hipotenusa, utilizada numa Quarta dimensão.
É a restituição do filho do Sol.
O SOL DE OIRO – HORUS
O valor de um Tesouro não reside obrigatoriamente no seu ...

De: Luis De Belo Morais
CIVILIZAÇÃO SOLAR.

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