terça-feira, 27 de setembro de 2011

PRÁTICAS ESSENCIAIS DE NÃO VIOLÊNCIA

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PRÁTICAS ESSENCIAIS DE NÃO VIOLÊNCIA

Compilado p/ Geraldo Dall’Agnese Júnior, Comunicólogo Publicitário, Educador Terapeuta.



SER IMPECÁVEL COM A PALAVRA

(Filosofia tolteca – Don José e Don Miguel Ruiz)

A palavra é o nosso poder de criação, que pode ser utilizado em mais
de uma direção. Uma das direções é a impecabilidade, onde a palavra cria
uma linda história, seu paraíso pessoal na Terra. A outra direção é o mau uso pessoal da palavra que destrói tudo que está a sua volta.

A Bíblia diz: no início havia o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. (...) Deus criou a palavra (Verbo), e a palavra é um mensageiro. Então, se Deus criou a palavra para se transmitir
uma mensagem e se a palavra é um mensageiro, então, o que todos somos: um mensageiro, um anjo.
A palavra é a força; ela é a intenção, e por isso nossa intenção se manifesta através da palavra, independentemente do idioma que a expressamos. A palavra é muito importante na criação de tudo, porque o mensageiro começa a entregar as mensagens... e toda a criação aparece do nada. (referente à palavra VIBRAÇÃO – dimensão causal em O CORAÇÃO MESTRE, OMSG - nota Projeto VID). (...)

Usar a palavra de maneira impecável é importante porque a palavra é você, o mensageiro. (...)

Ser impecável com sua palavra na verdade significa jamais utilizar o poder da palavra
contra você mesmo. Quando somos impecáveis com nossa palavra, nunca nos traímos. Nunca usamos a palavra para fofocar ou espalhar veneno emocional. A fofoca e o veneno emocional são a principal forma de comunicação na sociedade humana na atualidade e aprendemos a fazer isso por acordo.

Quando somos crianças, ouvimos adultos a nossa volta falarem mal de si mesmos e darem opiniões sobre os outros, inclusive sobre pessoas que nem conhecem. Mas agora você está ciente de que nossas opiniões não são verdade, são apenas um ponto de vista. (...).

A verdade está numa região essencial e muito mais profunda.

Se ficarmos com raiva e utilizamos a palavra para enviar um veneno emocional para outra
pessoa, pode parecer que estamos usando a palavra contra aquela pessoa, mas na verdade é contra nós
mesmos. (...) Se usamos a palavra para criar conflitos, até nosso corpo pode ser prejudicado... isto prova que o mal uso da palavra é contra nós mesmos. (...)

Sábio é utilizar a palavra na direção da verdade e do amor próprio. Utilizar a palavra para expressar a verdade em cada pensamento e ação. (Nosso pensar deve estar inundado de Amor e nossa acção sempre movimentar em Paz - nota Projeto VID). Cada palavra deve ser artisticamente escolhida para descrever nossa história. Qual será o resultado dessa prática pessoal para a não violência? Uma vida extraordinariamente bela. Colocando de outra maneira: NOSSA VIDA SERÁ FELIZ. Estaremos criando um Sonho Celestial e não Infernal.

Na maioria das vezes, nem nos damos conta de como podemos estar utilizando a palavra, segue este exemplo: Vamos criar uma história sobre uma cadeira.
O que sabemos sobre uma cadeira? Podemos dizer que uma cadeira é de metal, madeira ou
tecido, mas só estamos utilizando símbolos (palavras) para expressar um ponto de vista. A verdade é que não sabemos exatamente o que a cadeira é. E podemos utilizar a palavra com toda a autoridade para passar uma mensagem ilusória: “ESSA CADEIRA É FEIA. ODEIO ESSA CADEIRA.”

A mensagem já está distorcida, mas isto é só o começo. Também podemos dizer: ESSA CADEIRA É UMA BURRA, E EU ACHO QUE QUEM SENTAR NELA CORRE O RISCO DE TAMBÉM FICAR BURRO. ACHO QUE TEMOS DE DESTRUIR ESTA CADEIRA PORQUE, SE ALGUÉM SE SENTAR NELA E ELA QUEBRAR, A PESSOA VAI CAIR E QUEBRAR A BACIA. É VERDADE, ESSA CADEIRA É DO MAL. VAMOS CRIAR UMA LEI CONTRA CADEIRAS, PARA QUE TODO MUNDO SAIBA QUE ELA É UM PERIGO PARA A SOCIEDADE. DE AGORA EM DIANTE, É PROIBIDO CHEGAR PERTO DA CADEIRA MÁ!”

Se transmitirmos esta mensagem, então quem quer que a receba e concorde com ela ficará com
medo da cadeira má. Em pouco tempo, haverá gente que, por tanto medo da cadeira, começará a ter pesadelos com ela. Essas pessoas ficarão obcecadas com a cadeira má e, evidentemente, vão querer destruí-la antes que a própria as destrua.
Está vendo o que se pode fazer com a palavra? A cadeira é apenas um objeto em si. Ela existe, e essa é a verdade. Mas a história que criamos sobre a cadeira não é uma verdade, é uma superstição. É uma mensagem distorcida, e conta uma mentira. Se não acreditamos na mentira, não há problema. Mas se acreditamos e tentamos impô-la aos
outros, isso pode levar ao que chamamos de mal. É claro que o que chamamos de mal tem vários níveis, dependendo de nosso poder pessoal.
Algumas pessoas podem levar o mundo inteiro a uma grande guerra em que milhões de pessoas morrerão. Existem tiranos pelo mundo inteiro que, por acreditarem em mentiras, invadem outros países e destroem seus povos.

(Então, temos que ter cuidado com as palavras e as imagens psicológicas que vibram através de nós - nota Projeto VID).

(...) Uma das maiores mentiras que ouvimos nos dias de hoje é: “ninguém é perfeito”. Essa é uma grande desculpa para nosso comportamento, e quase todos concordam, mas será que é verdade?

Muito pelo contrário, todos os seres humanos neste mundo são perfeitos, mas ouvimos aquela mentira desde que éramos pequenos e, consequentemente, continuamos a nos julgar baseados em uma imagem de perfeição. Vivemos em busca da perfeição e, em nossa busca, descobrimos que tudo no universo é perfeito, menos os seres humanos. O sol é perfeito, as estrelas são perfeitas, mas no que tange aos seres humanos, “ninguém é perfeito”. A verdade é que na criação tudo é perfeito, inclusive os seres humanos.

(...) “E os deficientes físicos? Eles seriam perfeitos?” Bem, de acordo com o que você sabe, eles podem ser imperfeitos, mas será que o que você sabe é a verdade? Quem vai dizer se uma deficiência ou até mesmo uma doença não é perfeita?

Tudo em nós é perfeito, inclusive qualquer deficiência ou doença que possamos ter. Alguém que tenha uma dificuldade de aprendizagem é perfeito; alguém que tenha nascido sem um dedo, um braço, uma orelha, é perfeito. Só a perfeição existe, e essa consciência é mais um passo importante para nossa evolução. Falar outra coisa não é ter consciência do que somos. E não basta dizer que somos perfeitos. É preciso acreditar nisso. Se acreditarmos que não somos perfeitos, essa mentira vai precisar de outras mentiras em que se apoiar, e, juntas, todas essas mentiras reprimem a verdade e guiam o sonho que estamos criando para nós mesmos para a destruição. Mentiras não passam de superstições.

(...) Imagine acordar amanhã de manhã na Europa do século XIV, sabendo o que você sabe hoje, acreditando no que você acredita hoje. Imagine o que as pessoas pensariam de você, como lhe julgariam. Elas mandariam você a um tribunal por tomar banho todos os dias! (risos) Tudo que você acredita seria uma ameaça àquilo que elas acreditam. Quanto tempo levaria até lhe acusarem de ser uma bruxa ou um bruxo? Elas lhe torturariam. Fariam você confessar sua bruxaria e finalmente lhe matariam pelo medo que elas têm das próprias crenças. É fácil perceber que aquelas pessoas viviam em
superstição. Praticamente nada do que elas acreditavam era verdade, e isso é facilmente perceptível pelas coisas em que você acredita hoje. Mas aquelas pessoas não estavam conscientes de suas superstições. O modo de vida delas era totalmente normal para elas que não podiam saber mais do que sabiam por não terem aprendido nada diferente.

(...) Quando somos domesticados, acumulamos muito conhecimento que forma uma parede de neblina que não nos permite perceber a verdade, as coisas como elas realmente são, na essência, na profundidade. Só vemos aquilo que queremos ver e aquilo que queremos ouvir. Isto nos faz tirar conclusões precipitadas.

Tirar conclusões tem tudo a ver com pensamento. Nós pensamos muito. E pensar leva a
suposições que, normalmente, transformam-se em superstições. Todo tipo de misticismo, idolatria e fanatismo são superstições. O simples fato de pensar “e se...?” pode gerar um imenso drama em nossas vidas. Lembremos do exemplo da cadeira... uma simples cadeira se tornou um objeto do mal (pode?).

Todo ser humano sabe pensar muito. E pensar traz o medo. Muita informação distorcida!

Não temos controle sobre toda essa torrente de pensamentos e todos estes símbolos em nossa cabeça. Se simplesmente pararmos de falar, praticando o silêncio, não precisaremos explicar mais nada a nós mesmos, e isso evita que tiremos conclusões precipitadas. Reencontramos a Sanidade, Harmonia e Paz.

Bibliografia Recomendada:

O 5º Compromisso, Um Guia Prático Para o Autodomínio
O Livro da Filosofia Tolteca, Don Miguel e Don Jose Ruiz
Editora Best Seller

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