terça-feira, 16 de agosto de 2011

NOSSA PERMANÊNCIA NO PRESENTE- ECOS DE DAVHANA - AGOSTO/2011

NOSSA PERMANÊNCIA NO PRESENTE
- ECOS DE DAVHANA -
AGOSTO/2011




Hoje a expectativa da humanidade praticamente baseia-se na opinião, de que no futuro possa estar a resposta para eliminar os grandes equívocos em que se envolveu. Que a busca da perfeição, que está sempre no distante além, seja de certa maneira, como pensam alguns – talvez muitos – um fator de crescimento para consciência. Porém se percebermos com mais atenção, essa atitude reserva sempre um estado de ansiedade, privando a mente da realidade, focando-a na permanência de um sonho quase sempre inalcançável. O velho e desgastado refrão “um dia a humanidade será melhor” está arraigado de cor e salteado no subconsciente desses muitos, porque a consciência física está sempre no tempo, compelida pelas leis humanas a associar-se a quadros imaginários.


Assim, não se consegue conceber o ser humano da atualidade, sem a existência do pensamento no futuro ou com a velha e recordação do passado. Este procedimento lhe confere a razão da própria existência, até porque, consciente ou inconscientemente, esta maneira de ser age como um sedativo que o faz esquecer o incômodo vácuo que habita seu interior e vivendo o amanhã ou rememorando o passado, esquece os problemas do hoje.

Uma parte – para não dizer quase toda - desta humanidade segue um rumo incerto guiada pelo conhecidíssimo instrumento “piloto-automático”, exemplificado com o caso das centenas e até milhares situações embaraçosas, que são criadas no dia-a-dia pela falta de concentração no presente.

Evidentemente trata-se de uma condição temporária, pois a supremacia do espírito assumirá as rédeas desta carruagem aparentemente desgovernada. Além da mente física, a sede da realidade suprema, o Eu interior, observa pacientemente que a hora do despertar humano soe. Passado o torpor da latência espiritual, o deslumbramento de novos rumos motiva a consciência a afastar os procedimentos que trazem más conseqüências. Aos poucos vai adquirindo o hábito de vigiar os próprios pensamentos e desejos. Definitivamente abandona o vício da projeção mental do que ainda está por acontecer e perde o costume de sofrer pelo que já não pode mais mudar.

Nossa permanência no presente passa a ter uma importância bem mais relevante, quando nos concentramos na atitude do momento, que quase sempre passa despercebida por estarmos executando-as, planejando as futuras.

Viver o momento atual, como já diz a própria palavra, significa sentirmos a consciência presente. Um modo simples de sabermos se estamos no presente ou não, é perceber ritmos do sistema autônomo do corpo, tais como: movimento da respiração ou o batimento cardíaco, esse procedimento, nos torna mais integrados com a vida que pulsa ininterruptamente em nós – aliás, constantemente esquecida num canto qualquer de nosso subconsciente. Dentro de cada consciência habita o Universo, um mundo palpitante que silenciosamente dirige seus próprios ciclos, impulsionando a vida rumo a evolução. Sentir esse Universo é fazer parte do eterno mistério da Criação, é viver de acordo com as leis da Natureza, é estar em paz consigo mesmo e com os outros. Tudo isso implica em inteligência, uma visão de si mesmo e não um estado autômato de ser, uma disposição de determinar os passos por si mesmo sem que a vida voltada para as coisa externas possa interferir ou impor sua disposição através do ego humano.

A Consciência é bem mais do que os pequenos propósitos mundanos, é um estado de Graça permeado pela vida, é sentir-se vivo no exato momento, não na ilusão do futuro ou no já suplantado passado, é o Ser mais profundo, mais verdadeiro e eterno, mergulhado nas sombras das experiências de uma reencarnação.

Assim, portanto, nossa permanência no presente é um convite para que possamos ir ao encontro de nossa própria e real identidade, trabalho imprescindível na etapa atual em que vive a humanidade.



EFRAIM – Uma consciência intraterrena de DAVHANA- Jureia-Itatins
Canal: José R. Gomes

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