quinta-feira, 28 de maio de 2009

O LIVRO (sem nome ) - TERCEIRA PARTE/continuação 01

O LIVRO (sem nome ) -

TERCEIRA PARTE

/continuação 01



- Quando aconteceu o fato que vou contar estávamos em Santa Catarina, no hotel. Era um sábado e foi durante a baixa temporada.



- Sei, na época em que fecham os restaurantes na hora do almoço.



- Boba! Sim, é quase isso mesmo. Viver em Santa Catarina, mais propriamente na região do Vale do Itajaí, foi para nossa família um ter que reavaliar os costumes, a maneira de Ser e Estar. É viver em um Brasil diferente e muito do Brasil de São Paulo.



- Mas tudo é Brasil não é verdade?



- Sim, tudo é Brasil. Quando pela primeira vez quis deixar o Pais, mudar para oferecer melhores condições de vida para meus filhos, escolhi a Espanha por minhas origens.



- E porquê não a Itália? Não é também tua origem familiar?



- É. Mas a Itália eu havia escolhido no meu imaginário ser o local onde iria passar minha lua-de-mel. Mas assim, uma lua-de-mel bem melada, com o Rei Menino que um dia iria chegar. Então optei pela Espanha.



- E porque não foi?



- Medo! Meus pais não me acompanhariam e eu iria sozinha com meus filhos. Três crianças pequenas e eu. “Medei!” – disse Walkyria rindo.



- Eu também “medaria” – respondeu Lúcia rindo também.



- São Paulo estava e ainda está , insuportável. Perigosamente insuportável. E a Vida me empurrou para uma mudança de local. Percorri este País de Norte a Sul, e optei pelo Sul. Por vários motivos, entre eles excelentes Universidades, pois meus filhos Marcus e Cezar estavam na idade de cursá-las.



- Wal, você poderia ter ido para o Rio Grande, assim teríamos nos reencontrado mais cedo.



- É. Poderia mesmo. Talvez se eu tivesse ido as páginas da minha história seria escritas de maneira diferente. Mas de uma coisa eu tenho certeza. Existe um “caminho” que devemos percorrer que foi escolhido antes de virmos. Se trilharmos por este caminho, tudo flui tal qual um riacho de águas mansas. Se escolhermos um atalho, encontramos vários obstáculos à nossa frente. E temos que desviar, desviar, até encontrarmos o caminho certo novamente.



- E você acha que escolheu certo ao optar por Santa Catarina?



- Sim. Naquele meu momento era o certo. Eu precisava “parar”. E nada melhor do que naquele lugar, onde o turbilhão de pessoas e acontecimentos só tem lugar durante 45 dias por ano. O resto do tempo você tem que optar entre “enlouquecer” ou entrar no ritmo.



- E você entrou no ritmo?



- Eu acredito que sim, mas fui duramente criticada pelos meus familiares dizendo que eu “saí fora da casinha”.



- Como assim?



- Ué Lúcia, não é o que dizem de todos nós aqueles que não compreendem no que passamos a acreditar quando estudamos os ensinamentos da Grande Fraternidade Branca?



- É verdade! Dizem mesmo. Dizem até de mim.



- Pois é. Mas mudam o seu pensar, e também passam a acreditar, quando as coisas começam a acontecer conforme dizemos termos sido informados. Continuando, me sobrava tempo. E este meu tempo era dividido entre leitura, meus rabiscos e a net. Na net encontrei “meu povo”. Comecei a participar de grupos espiritualistas, esotéricos, católicos, evangélicos, espíritas. Em cada um deles aprendi muito e encontrei gente linda. E em outros grupos entrei. Grupos de poesia, de poetas maravilhosos, de formatadores divinos. Se nos primeiros aprendi o que é o Amor neste plano de Vida, nos outros aprendi como externar este Amor ainda nesta Vida.



- E foi assim que nos reencontramos.



- Sim filha, através do Edson, o Ermitão da Picinguaba. Grande figura! Devo à ele ter encontrado você, o Paulo, a Luiza, o John, o Paulo Urban, a Amyra e tantos outros que ficaria aqui escrevendo nomes durante um tempo. Porém, para te contar sobre a experiência que tive com o Cezar, vou citar apenas mais dois. O Razen e o Esdras Martins.



- Os dois únicos que não estiveram fisicamente conosco.



- Vê que coisa? Até hoje eu fico triste por não ter acontecido.



- Mas conta lá. O que aconteceu com o Cezar?



- Como eu disse, era um sábado. Estávamos na baixa temporada e eu ficara a manhã inteira na net conversando com o Esdras. Este havia estado aqui no sítio revisando um livro e fazendo contato por TCI. Estava me contando as experiências lindas, e como conversávamos pelo MSN o Cezar ficou prestando atenção. Ficou ali quietinho, atento ao que o Esdras falava, o que me surpreendeu, mas eu nada comentei. Foi ai então que chegou um e-mail de Razen. Disse ao Esdras que iria responder o e-mail e iria para casa pois os meninos haviam resolvido fazer um churrasco. Despedimo-nos e o Cezar se levantou de onde estava sentado e mais uma vez me surpreendeu dizendo:

- Mãe, eu quero conhecer este cara.



- Ele gostou do assunto.



- Sim, é o que me pareceu. Mas foi mais do que isto. Cezar gostou do Esdras que lhe passou conhecimento e confiança. Fui então ler o e-mail do Razen onde ele me contava ter avistado um OVINI. Estava escrevendo para ele solicitando a foto, pois ele dizia ter fotografado, quando o Cezar se aproximou me chamando para ir embora. Expliquei que iria demorar mais uns minutos pois queria ver a foto que Razen havia tirado. Ele perguntou : - Foto de que? Expliquei que era de um disco voador e o Cezar respondeu: - Esta eu quero ver.

Escrevi para Razen explicando que iria esperar o retorno e a foto pois meu filho queria ver.



- Razen mandou?



- Sim, imediatamente entrou um e-mail onde ele perguntava: - É o Cezar?



- Porquê. Ele conhecia o Cezar?



- Não querida, mas conhecia o fato que te contei de eu ter visto uma nave mãe quando do término da cirurgia dele.



- Ah, entendo. E daí, o que aconteceu?



- Respondi que sim, que era o Cezar. Razen então mandou uma foto e mandou que eu perguntasse ao Cezar se era um OVINI. Perguntei, e o Cezar respondeu que não, que era uma luz. Disse isso à Razen que mandou uma segunda foto perguntado: - E esta? Cezar olhou, olhou e disse: - Mãe diz para este teu amigo parar com esta palhaçada que vamos almoçar. Isso não é OVINI coisa nenhuma. É luz novamente.



- Nossa! E o que você fez?



- Respondi a Razen dizendo : - É luz. E me despedindo, pois tínhamos um compromisso. Já ia desligar o computador quando entrou um novo e-mail com uma nova foto. Razen dizia : - Apenas mais esta para eu me certificar. Lúcia, aqui eu tenho que te dizer que se me mostrassem as três fotos eu diria ser possível que seriam OVINI´S. Para mim eram todas muito parecidas.



- E o Cezar, o que disse?



- Ele se aproximou já injuriado quando o chamei e pedi que olhasse somente mais aquela. Com “toda boa vontade” se aproximou, olhou e um sorriso lindo apareceu em seu rosto. Disse assim:

- Mãe, fala para seu amigo é esta sim é a foto de um OVINI. Mas fala logo e vamos embora que eu já estou com fome.



- Este é o Cezar! – disse Lúcia rindo. Esta é a experiência que queria contar?



- Quase.



- Tem mais? Então conta logo que deve ser o melhor, e o motivo de eu ficar brava com você.



- Bem, desliguei tudo e fomos para o carro. Como você sabe o hotel era bem próximo de nossa casa. Já estávamos entrando na rua onde morávamos quando eu falei:

- Filho, não sabia que você tinha interesse em disco voador. Ao que ele respondeu:

- Este assunto me interessa sim. Sempre que quiser falar sobre isso, conte comigo.

- Caramba Cezar, isto é que é uma surpresa. – respondi.

Foi então que ele disse:

- Mãe, você entenderia se eu dissesse que não sou mais o filho que você gerou? Se eu te contasse que quando da cirurgia me tornei outro? Que agora eu sou quem realmente eu sou?



- Minha Nossa Senhora. E o que você respondeu?



- NADA. Fiquei muda. E se não ouve-se outra pessoa junto conosco que também ouviu ele dizer isso, eu mesma pensaria que não ouvi direito.



- Mas e depois de passado o susto, não perguntou?



- Havíamos chegado em casa. Tinha outras pessoas nos esperando. O Cezar estacionou o carro e antes de descermos perguntei sim, ao que ele olhando para David respondeu:

- Não sei o que você está falando.



- E no agora, você não toca no assunto? Não pergunta nada? Estão apenas vocês dois ai no sitio.



- Na verdade Lúcia, eu sei que meu filho é “diferente”. Ele fala tantas coisas, diz tantas coisas, descreve tantas coisas que perguntar sobre isso deixou de ser importante.



- De que coisas você fala?



- Por exemplo, o Cezar classifica o Ser Humano como um vírus. Um vírus que está destruindo o Planeta. Fala com os pássaros, e estes se aproximam para comer em suas mãos. Não me refiro a pássaros engaiolados, e sim agrestes. As corujas, pica-pau, maritacas. Ontem ainda entrou um louva deus em me quarto. Estava na minha cama e foi ele quem viu. Tranquilamente estendeu a mão e o bichinho subiu na mão dele, abriu a janela e estendeu a mão para que ele voasse. Perguntar o que filha? Se ele é um extra terrestre? Já perguntei uma vez e ele disse: - Somos, todos somos.

Ele apenas confirmou o que eu já sabia:

Todos somos Sementes Estelares.

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