quarta-feira, 13 de maio de 2009

O LIVRO ( sem nome ) - SEGUNDA PARTE/ CONTINUAÇÃO 02

O LIVRO ( sem nome ) -

SEGUNDA PARTE/

CONTINUAÇÃO 02



- Wal, você disse lá atrás que Maia teve prova do espiritual, e passou então a acreditar plenamente no que você dizia. Pode me contar sobre isso?



- Sim querida. Um dia, era madrugada e estávamos dormindo. De repente uma luz aos pés de nossa cama fez com que acordássemos.



- Os dois acordaram?



- Sim, Maia e eu acordamos e ficamos quietos olhando a luz. Minutos depois, ele virou-se para mim e perguntou: Você está vendo esta luz? Olhei para ele e respondi : Sim. E ao olharmos novamente para a luz lá estava ela.



- Ela quem???



- Uma linda mocinha. Vestia um vestido comprido e de florzinhas miúdas. Tinha cabelos longos, aloirados e cacheados. Não, o termo correto é ondulados. Olhei para o Maia e ele olhou para mim e perguntou:

- Você está vendo o que estou vendo?

-E o que você está vendo – perguntei. Ele respondeu:

- Esta mocinha ai nos pés da cama.



- Ai meuJesusCritinhoooo...eu teria desmaiado.



- Que bobagem menina. Ela era tão linda. Respondi que sim, que estava vendo também. Olhamos novamente para ela, que começou a falar. Antes preciso te contar que eu estava grávida. Minha primeira gestação. Estava entrando no quinto mês de gestação.



- E com este baita susto perdeu o bebê!



- Não sua boba. Não me assustei com a menina. Foi então que ela disse: “ Vim te avisar que acontecimentos graves irão ocorrer se não te livrar de energias negativas que foram agregadas ao teu Ser. Foi a pedido de uma alma em estágio de evolução atrasado. É importante que tome atitudes para afastar estas energias, caso contrário esta criança que teu ventre abriga não poderá vir para o plano terrestre desta vez.”



- Oh, que coisa mais triste...



- E a menina continuou falando : “ Se for de tua vontade, poderá afastar estas energias. Deverá ir durante nove segundas-feiras naquela que vocês chamam de Igreja das Almas, orar e pedir Luz pelas energias negativas que estão atendendo um pedido. Estão em busca de Luz mas foram levados à acreditar que realizando esta tarefa errada conseguiriam. Você pode mostrar o caminho correto para estas energias. Se não fizer isso, tua mãe sofrerá um acidente pois foi para ela que este trabalho espiritual foi feito, mas terá a conseqüência de pelo susto que irá ter, teu corpo físico não conseguirá continuar abrigando este novo ser.”



- Bem, ainda bem que ela te orientou no que deveria fazer. E você fez?



- Não Lúcia, não fiz. Quero que entenda que desde meus quinze anos eu havia resolvido que o caminho da espiritualidade não deveria ser seguido por mim pois a dor da perda do Mário era ainda muito forte. Resolvera eu então entregar-me às orientações da igreja católica. Enquanto estudante do colégio, ia à missa todos os dias, confessava, comungava e procurava seguir todos os preceitos desta religião. O que fiz foi ir conversar com o pároco e contar para ele o que havia acontecido.



- E o que ele disse? E o Maia o que falou disso tudo?



- O padre disse : Esqueça isso tudo. É obra do demônio. O Maia? Ele disse : -Você é quem sabe. Nem sei porque eu também vi e ouvi, uma vez que trata-se de tua mãe e quem deve ir na Igreja das Almas, naquela lonjura é você. Não conte comigo, pois meu trabalho não permitirá que te acompanhe.



- E você ficou sozinha com a batata quente nas mãos para descascar.



- Sozinha ou não, sendo a igreja longe ou não, eu deveria ter ouvido meu Coração que dizia que era para eu atender a menina.



- Mas não ouviu. E o que aconteceu?



- Eu fui sim na Igreja das Almas. Fui duas segundas feiras. Depois não fui mais. Era longe, cansativo, e dando a mim mesma muitas desculpas, não fui mais. Na terceira semana, desisti. A semana transcorreu sem nenhuma novidade. Chegou o sábado, e neste dia haveria uma festa na casa de uma das tias do Maia. Fomos a tal festa, meu sogro, minha sogra, o Maia e eu. O Maia dirigia. Parou do lado contrário da casa e meu sogro desceu para abrir o portão da garagem. Minha sogra não quis esperar e desceu também. Enquanto ele abria o portão, ela foi atravessar a rua sem se dar conta que vinha um carro em alta velocidade. E ela foi atropelada.

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